sexta-feira, 16 de novembro de 2007
Modo conjuntivo
René Magritte, A Vitória (detalhe), 1938
Aí está o lugar para onde vais
e não se vê através da porta
deixada entreaberta,
como se amanhã fosses voltar.
Como se toda a mágoa fosse
um conjuntivo, assim a morte,
um trinco mal fechado
que Deus se esqueceu de consertar.
Assim a ausência, uma viagem
planeada em segredo, um recado mudo
no gravador de chamadas,
névoa sobre os risos das fadas,
ecos da infância.
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