domingo, 27 de junho de 2010

Arraial

No quintal que já foi um jardim, esmagado por partilhas e por um prédio cor-de- rosa, sento-me perto da buganvília. Com a noite vem um vento frio, que arrepia a pele e apaga as velas colocadas sobre as mesas do arraial. Procuro o tanque de pedra que já não existe. Com um novelo de memórias tricoto um xaile que me protege das palavras de circuntância.

2 comentários:

Anónimo disse...

Constato que foi este o arraial que substituiu a audição do Apocalipse, lido pelo Luis Miguel Sintra? Extraordinária a leitura.
MM

Selenite disse...

Olha só como tu adivinhas... Valeu a troca pela presença de algumas pessoas que (re)vi!