Da minha casa, em Lisboa, não vejo o Tejo, mas adivinho com que humor amanhece.
Há dias em que se mantém distante, a luz pinta um céu azul puríssimo que os aviões riscam com traços brancos. Apetece sobrevoar a cidade, partir com os olhos a doerem da nitidez da imagem.
Há manhãs em que o rio se cansa de ser caudal e se liberta do leito, das margens e do cais. Imersa em neblina, chego à varanda como quem se apoxima da amurada de um barco, e navego no espaço, sem ver o horizonte, acompanhadada pelo espírito dos náufragos.
sábado, 19 de janeiro de 2008
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