ao meu pai e ao Ronald, mesmo que eles não saibam
[...]
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que só uma voz me evoque a sós consigo
[...]
David Mourão-Ferreira
Começamos a afastar-nos da infância quando o Natal deixa de ser o momento em que magia e realidade se fundem, mas encenamos ainda a inocência, para satisfazer o esforço de pais, tios e avós.
Mais tarde, os doces que devoramos deixam um travo amargo na boca, que perdura durante as festas: é o protesto da vesícula e a náusea da alma perante as cadeiras vazias e os nomes que não ousamos pronunciar.
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